quarta-feira, 3 de agosto de 2005

Dormia Num Sonho

Dormia num sonho quando a dor despertou
A amizade que num só se comemorou.
Até o sangue jorrava lágrimas;
Tudo como planeou.
Juntos viveram,
Juntos aprenderam,
A dor que ganharam,
A força que perderam,
Tudo aquilo que nunca encontraram.
Algo enregelava por dentro,
Bem lá no fundo, bem lá no centro.
O sangue não era escarlate,
Era esverdeado como um coentro,
De folhas recortadas
Pequenas fatias de um corpo, outrora montadas,
Todas elas feitas de camadas.
Escorria-lhe pela cara, como algo imparável,
Com o seu jeito doce e amável.
No fundo, tornara-se em algo desagradável...

4 comentários:

Anónimo disse...

é suposto postar na intimidade, assim esburacada e silenciante? No final (do) último parece-me 1 repente até me identificar com ela... mesmo k tudo o resto permaneça num "lovely blur way of things"...

damas do sinal disse...

obrigada, dardo, pelo comentário tão belo...

Anónimo disse...

Outro lugar de ser nesta tarde aberta. Escorrente de blog, lanchante de palavras torcicoladas.
Pasteliçes d´alma....;)

damas do sinal disse...

once again, thanks...