sexta-feira, 21 de novembro de 2008

cerejas.

há sede de vermelhos
e de pedaços de ornamento.

escorrega o suor em mim.

os cabelos que roçam o fruto
expelem o rubro sangue:
o sumo que escorre pelos lábios,
a líbido que se contrai,

mas já não há cerejas
e reprime-se a deflagração daquilo que desejas
já não é Verão
[não!]
já não tenho brincos
o vago adorno. superficial.
já não uso cor.