Queria estar onde nao pertenço
Viver a outra vida, a outra luz
A escuridão entristece-me porém algo me faz sorrir
Esta noite onde me encontro
Que tudo o de mais belo me faz sentir.
És a noite, a caminhante
A nova ideia, a revolução
Tu que te exaltas
Tu que tornas a noite em dia
«És a esperança, a madrugada»
Por muitos temida, por outros amada
Tens uma força que desconheces
És fonte de vida
A água no rosto
O vento na pele
A força temida...
Este poema não foi escrito através da «técnica do cadáver esquisito» mas sim individualmente para a outra Dama daquela que Dama também é...
sábado, 10 de setembro de 2005
«És a Esperança, a Madrugada»
sábado, 3 de setembro de 2005
MORTE
Vem, assusta-me, sê o meu pesadelo
Uma dádiva, um apelo
Em busca de sangue e da minha fraqueza
No escuro perdida adormeço
Acordo, num sobressalto da mentira
Tão falsa, tão repetida
Mata-me no seio desta vida
Negra pela noite e pelo dia sofrida!
Rasga-me, bebe o meu sangue
Lágrimas que me escorrem pelo rosto
Cortes ligeiros ou golpes nocturnos
A chuva cai cinzenta
Criando fungos de vaga sobrevivência
Em frente à morte... a penitência.
sexta-feira, 2 de setembro de 2005
Sonho
Ofuscou-me, surpreendendo-me num raio liberto
Voo, viajo, crio, vejo
Local de conforto de almas perdidas
Sou livre!
Penetrando as raízes do improvável
Acredito que posso tocar o céu
Comprometo-me à realização
Ao despertar sei que vou acordar
Em terras de fadas e florestas de duendes
De olhos rasgados e fatos berrantes
Sombras e negrumes dando vida à luz
No lusco-fusco vejo a verdade
A concretização da (ir)realidade
Por fim, acordo, renasço...